POR LUCAS DAVID
O isolamento social pode acarretar várias situações de estresse. “Geralmente, em uma situação onde existe uma crise epidêmica, com exigência de um isolamento social, isso pode desencadear alguns sintomas de estresse, de raiva, de depressão, de ansiedade e, para algumas pessoas, isso é tão intenso que pode até gerar o chamado estresse pós-traumático”, afirma a psicóloga Marta Zanini.
A estudante Ana Julia Soto, sentiu o isolamento quando se afastou dos amigos. “É mais difícil sair de casa para estar em comunhão com os amigos, porque a minha mãe faz parte do grupo de risco” comenta. Já para a cortadora de tecidos, Aparecida David, a grande mudança foi nas reuniões familiares. “Minha família é numerosa e muito unida. Por conta disso, distanciamento social nos causou muito transtorno. Sentimos falta dessa proximidade”, comenta.
Com todas as dificuldades que surgem em momentos como esse, é sempre importante seguir as orientações de profissionais para conter e diminuir os problemas que podem acontecer agora ou no futuro. “Cuidar da sua saúde física, se alimentar bem, diminuir o consumo de álcool e tabaco, além de dormir bem”, recomenda a professora, que continua:“assim como foi preciso um período de adaptação entre o nosso momento anterior a pandemia e o período de isolamento, nós vamos ter esse período de transição também, entre o término do isolamento e o início das nossas atividades de uma forma mais socializada e coletiva.
Refletir sobre seus limites e possibilidades com relação às novas demandas que vão surgir, e seguir com as mesmas normativas que são agora da alimentação saudável, do sono, das atividades físicas”, conclui Marta.